Lamento d'Alma
No silêncio da noite, ouvi o canto,
Ecoa profundo, um triste aperto,
A alma grita, em pranto e dor,
Perdida na penumbra, sem amor.
Ando solitária, passo em desacerto,
No vale sombrio, coração vazio,
As estrelas, testemunhas do meu sofrer,
Ofuscam-se no céu, a ver-me falecer.
O vento sussurra, segredos antigos,
De amores perdidos, sonhos vadios,
Memórias distantes, ilusões do passado,
Percorrem meu ser, alma em fado.
No meio da sombra, uma luz fustigante,
A esperança renasce, lágrima corre,
A alma clama, por salvação,
Busca no horizonte, nova canção.
E assim, no lamento, encontro a cura,
Na dor, a força, que a vida depura,
A alma eleva-se, das cinzas do pesar,
E voa livre, pronta a sonhar.
Silvya Gallanni►© 05/02/2025